leaoSeis apresenta: conversas da tipografia urbana

Thursday, December 14, 2006

 

Comentários da animação

Depois que passei o link pro pessoal começar a assistir a animação é que percebi que aqui no blog não temos espaço para os comentários! Que vacilo.
Bom, vamos fazer assim. Quem estiver com vontade de mandar suas opiniões sobre a animação e/ou o blog, por favor, passe o texto para nosso email (bauhausbrasil@gmail.com) autorizando ou não nós publicarmos o texto aqui no blog.

Valeu galera,

Sunday, November 26, 2006

 

Convite



Imprima este convite e guarde de recordação por que ele não serve de nada para assistir a apresentação...

Venham prestigiar a apresentação de todos os projetos interdisciplinares da turma do segundo semestre de design digital da faculdade Anhembi Morumbi.

O tema do projeto é Tipografia e deve ser apresentado no formato de animação feita no programa Flash com 60 segundos.

p.s.: Esta é a segunda versão do convite, tendo em vista que a primeira ficou sem a data... pequeno erro hahahaha

Friday, November 24, 2006

 

Pesquisa com usuário

Ontem fizemos a tão adiada pesquisa com o usuário. No começo agente estava um pouco perdido com a experiência de mostrar a animação e perguntar pro usuário. Perguntar o quê? Essa era a questão.

Quando começamos a discutir sobre a pesquisa, ninguém sabia exatamente o queríamos saber! Incrível, não? De fora parece ser a coisa mais óbvia do universo, mas não é.
Mas não foi tão difícil chegar a essas perguntas. Nós fomos fazendo o percurso inverso. Começamos nos perguntando qual era a nossa idéia principal, o que queríamos passar e como, e a partir daí chegamos a nossa conclusão do que perguntar.

As perguntas foram:
1- O que você viu dentro da animação?
2- O que você entendeu da Animação?
3- Que cidade é essa?
4- Entendeu os Grafites, Stencil e Pichação ?
5- Recomendações

Lógico que não fizemos com essa dureza toda. Agente foi meio que introduzindo as questões, não de uma forma direta e autoritária, mas de um modo que o usuário não se sentisse intimidado, o que poderia comprometer nosso resultado final.

Bom, a experiência foi muito boa, conseguimos enxergar detalhes e percepções possíveis da nossa animações que não tinham nem passado pela nossa cabeça.

Hoje vamos entregar o relatório e logo publicamos os resultados aqui.

Thursday, November 23, 2006

 

Primeira tentativa de apresentação do projeto, ui!

Essa filmagem é um oferecimento de:
SÃO, camera indiscreta.







Wednesday, November 22, 2006

 

Trabalhando?

enfim ultima semana para terminar tudo.
primeiras discussões do grupo.rs






Tuesday, November 07, 2006

 

Projeto de Pesquisa

1. Introdução
1.1 - Escolha do tema


A cidade de São Paulo no século XXI, apresenta inúmeras formas de tipografia como expressão emergente de seu espaço público. De um lado, a denominada produção oficial que se firma predominantemente no território da publicidade, com inúmeras variantes enquanto produto de identificação de marcas, consumo e estabelecimentos comerciais.
[...]
Em contrapartida, uma outra forma não-oficial se propaga pelo mesmo espaço. Provindas das ruas, uma outra escrita assume forma e características de uma tipografia que se faz presente enquanto linguagem específica de uma cultura da cidade de São Paulo. (MARCOS, 2006, p. 13)


No universo destas formas não-oficiais iremos explorar e procurar relações de sua tipografia com as digitais convencionais, com o intuito de verificar a existência de uma relação na estrutura tipográfica nas diferentes fontes aplicadas em diversas mídias, sendo muros ou paredes, podendo criar juntas uma nova mensagem.

Dentro deste conceito estaremos demonstrando e exemplificando no capítulo 2 as mídias que foram escolhidas para o estudo. No capítulo 3 procuramos uma forma de criar um critério para analise de nosso material e no capítulo posterior estaremos submetendo nosso material de estudo a esta analise.

Para demonstrar a relação da qual estamos falando no primeiro parágrafo anexamos abaixo uma foto aonde podemos encontrar dois tipos de expressões artísticas diferentes formando uma mesma mensagem e uma terceira expressão compondo esta cena.


Foto (1): Danilo Riedel

2. Mídias e diferentes expressões artísticas
2.1 Pichação


“A prática da pichação pode ser encontrada bem longe, talvez nas origens da espécie humana, como sugerem alguns vestígios históricos. Nos 450 sítios arqueológicos do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no Piauí existem cerca de 25 mil pinturas rupestres. Isso significa que, há milhares de anos, o homem já sentia vontade de se comunicar e o fazia nas formações rochosas onde provavelmente se abrigava.
[...]
A história da pichação moderna pode ser datada a partir dos anos 1960, primeiramente como mensagem política e existencialista, depois como marcação de território, para então chegar ao estágio atual: a busca pelo “ibope”. Nos muros de Paris, em maio de 1968, muitas pichações criticavam os costumes, ironizavam correntes políticas e exaltavam rebeldia: “Não reclamaremos nada. Não pediremos nada. Ocuparemos.” Em fins da década de 1960, nos Estados Unidos eram comuns pichações pacifistas contra a Guerra do Vietnã. Já no Brasil, dos tempos de regime militar ficaram as clássicas fotos de muros pichados: “Abaixo a ditadura!”.
MAURO ARAUJO, João. Problemas Brasileiros, São Paulo, ano 44, n. 377, set/out 2006.



Foto (2): Danilo Riedel

2.2 - Graffiti

No final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray. Para muitos, o grafite surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o "break" (dança robotizada) e o graffiti (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte.

Os artistas do graffiti, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.

Na Europa, no início dos anos 80, jovens de Amsterdã, Berlim, Paris e Londres passaram a criar seus próprios ateliês em edifícios e fábricas abandonadas. O objetivo era conseguirem um espaço para criarem livremente. Nesses locais, surgiram novas bandas de música, grupos de artistas plásticos, mímicos, atores, artesãos e grafiteiros.

Muitos grafiteiros europeus e norte-americanos que viveram e trabalharam nesses espaços alternativos conseguiram levar mostrar suas obras além das fronteiras de seus países. Alguns exemplos desse movimento são: Jean-Michel Basquiat, Keith Haring e Kenny Scharf .

Haring e Scharf expuseram seus trabalhos na XVII Bienal Internacional de São Paulo, em 1983, exercendo forte influencia entre os artistas do graffiti no Brasil. A XVIII Bienal, em 1985, lançou nomes de grafiteiros brasileiros, tais como Alex Vallauri, Matuck e Zaidler.

Modalidades

Graffiti 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.


Foto (3): Brown

WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.


Foto (4): Does

Throw Up: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.


Foto (5): Zezão

CULTURA HIP-HOP GRAFFITI origem do graffiti EUA. Disponível aqui. (Acesso em 18/09/2006)

2.3 - Stencil

Um stencil é um desenho ou ilustração que representa um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem, figurativa ou abstrata, que possa ser delineada por corte ou perfuração em papel, papelão, metal ou em outros materiais. O stencil obtido é usado para imprimir imagens sobre um sem-fim de superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.

Por extensão de sentido, um stencil é também um tipo de folha de papel fino que serve de matriz para impressão por mimeógrafo e a base da pintura serigráfica. Tanto na mimeografia, como na serigrafia, múltiplos stencil são usados sobre a mesma superfície, produzindo imagens em mais de uma cor.

O estêncil é uma forma muito popular de grafite, visto que é uma técnica rápida e simples, facilitando atitudes ilícitas ou socialmente reprováveis, dependendo da cidade ou do lugar que será grafitado.

Na região central da cidade de São Paulo, em alguns lugares abandonados pela prefeitura onde se acumula lixo urbano, há um graffiti com o stencil de uma lixeira e uma inscrição: "Trash". Não se sabe quem (pessoa ou entidade) faz esse protesto, mas mesmo que sejam repintados reaparecem depois de um tempo.

ESTÊNCIL. Disponível aqui. (Acesso em 15/09/2006)


Foto (6): Ricardo Goya

3. Critério para analise



Empregar a nomenclatura correta é vital na comunicação, especialmente na comunicação técnica. É necessário construir um vocabulário tipográfico, como os termos que identificam as partes das letras. Não são muitos nomes e a maioria tem significado óbvio e são eficientes, uma vez que vêm sendo usado desde o século XV (ROCHA, 2002, p.40)


Deste modo iremos criar nosso critério seguindo alguns dos importantes termos que compõe uma analise tipográfica, e também as características principais da estrutura de um caracter.

Pretendemos com isso submeter nosso material de estudo para verificarmos se neles existem estas características demonstradas abaixo.



Ilustr. (1) Fonte Univers 55 – versão regular e centro da grade desenhada por Adrian Frutiger a partir de 1949. Fonte: Denis Rodrigues, 2006



Ilustr. (2) Composição dos caracteres em uma linha. Fonte: Tipografia: uma apresentação. Lucy Niemeyer, 2001



Ilustr. (3) Principais partes que compões um tipo. Fonte: Tipografia: uma apresentação. Lucy Niemeyer, 2001



Nenhum caractere possuí todos estes elementos – alguns são específicos de uma ou outra letra. (Lucy, 2001, p.30)

4. Analise do projeto de estudo



Ilustr. (4) Analise das características em comum entre os caracteres A das mídias escolhidas.

Podemos então comparar esta analise de características a cima com a de uma fonte clássica e conhecida como a Bodoni na ilustração a baixo.



Ilustr. (5) Bodoni, desenhada por Glambatista bodoni no século XVIII.

5. Conclusão

Com nossa analise concluímos que todas as tipologias encontradas em muros e paredes tem características das fontes mais tradicionais que conhecemos, portanto podemos afirmar que realmente existe uma relação tipográfica entre elas e que mesmo sendo tão diferentes elas podem se conversar e criar uma nova mensagem.

Bibliografia

MAURO ARAUJO, João. Problemas Brasileiros, São Paulo, ano 44, n. 377, set/out 2006.

CULTURA HIP-HOP GRAFFITI origem do graffiti EUA. Disponível aqui. (Acesso em 18/09/2006)

ESTÊNCIL. Disponível aqui. (Acessado em 15/09/2006)

ROCHA, Cláudio. Revista Tupigrafia. São Paulo: Bookmakres, 2002

NIEMEYER, Lucy. Tipografia: uma apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2001. 94 p.

FELISETTE, Marcos Corrêa de Mello. Pichação: escrita, tipografia e voz de uma cultura na cidade de São Paulo no século XXI. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura)-Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2006.